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Leia mais: A Cultura da Insensibilidade – Entretenimento como anestesia
Enquanto o tiro ecoa no beco, o drone grava a festa. A dor é silenciada com luzes e likes. Não é só show — é anestesia. E, entre reels e fogos, seguimos exaustos, distraídos, sem perceber o vazio crescendo.
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Leia mais: A Cultura da Insensibilidade – Banalização da dor alheia
Quando a dor vira rotina, ela perde o choque. Rimos do que deveríamos acolher. Registramos o que deveríamos impedir. E fingimos que não é conosco — até que o espelho da dor reflita nosso próprio rosto.
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Leia mais: A Anatomia da Dor – Dor que se repete na história
A história talvez não se repita — mas ela ecoa. A dor muda de roupa, a opressão de nome. O chicote virou salário, o grilhão virou cep. E diante disso, muitos aprendem a sobreviver anestesiados. Não por escolha — por defesa.
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Leia mais: A Anatomia da Dor – Sofrimento coletivo
A fome esvazia o prato, a guerra fura o corpo, e a exclusão constrói muros invisíveis. A dor muda de roupa, mas não de endereço. É coletiva, cotidiana — e segue ali, à espreita, esperando silêncio.
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Leia mais: A Anatomia da Dor – Feridas visíveis e invisíveis
Há dores que não deixam marcas visíveis, mas corroem por dentro. Vestem sorrisos, seguem protocolos, mas gritam no silêncio. O mundo não para por elas — e talvez por isso tanta gente esteja desabando em silêncio.
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Leia mais: A Ilusão da Escolha – Máquina da ilusão
Tecamos botões achando que escolhemos. A festa na praça distrai da guerra na favela. Enquanto uns celebram com fogos, outros somem antes do café. Democracia em looping: um teatro caro, com plateia cativa e palco blindado.
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Leia mais: Massa Silenciosa – Conforto na repetição
Seu João repete os passos, os horários, os gestos. A rotina parece segurança — mas esconde uma prisão bem decorada. O corpo se acostuma. A mente, nem sempre. E o conforto… às vezes é só cansaço disfarçado.
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Leia mais: Massa Silenciosa – Papel dos que obedecem
A ponte era a mesma. O concreto, também. Mas ajoelhar-se virou regra — e ninguém sabia por quê. Obedecer virou hábito, e questionar, ameaça. Há normas que ferem mais do que protegem. E o silêncio… sustenta.
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Leia mais: A máquina invisível – Poder sem Rosto
O poder já teve rosto, mármore, nome. Hoje, se esconde atrás de sorrisos e slogans. Não precisa mais impor. Basta que o povo obedeça — não por força, mas por hábito. Marchando calado rumo ao abismo.
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Leia mais: A máquina invisível – Quem dita as Regras
A infância nos ensina que todo jogo tem regras. A vida, depois, mostra que quem tem poder escolhe quais valem. Uns jogam com papel e caneta. Outros, com sobrenome. E quase sempre, o placar já veio escrito.


